Na Semente estamos a criar discurso e pratica a respeito do proceso educativo em geral e educadoras, mais e pais e persoas colaboradoras estamos a reflexionar e pór-nos em acçom a respeito da situaçom da nossa língua.
Porque a Semente é um espaço plural, complexo, que forma parte da nossa sociedade, nestes primeiros dias de curso estivemos a reflexionar sobre os usos e as actitudes lingüísticas das crianças. E as formas de intervençom educativa.
Numha sociedade em conflito lingüístico o espaço escolar é decisivo á hora de criar procesos de aprendizagem lingüística e sociolingüística.
Umha das ideias força na pedagogia social de cara á aprendizagem socio-cultural e educativa é o que se denomina “exposiçom a modelos”. Num proceso social –sociocriativo- a Escola tem umha importáncia fundamental á hora de se mostrar como um modelo de normalidade e de dinámica normalizaçom.
O professorado, o persoal nom docente, os pais e nais e outros agentes que intervenhem no espaço escolar oferecem-se como modelos especialmente relacionados com a autoridade e a formalidade. É o mundo das persoas adultas, cheio de modelos de transmisiom de valores, conhecementos e comportamentos.
Mas as crianças –afortunadamente- nom só constroem o seu proceso socializador, educativo e de formaçom de jeito mais ou menos formal convivendo com as persoas adultas. As crianças tamém adquirem valores, conhecementos e prácticas interrelacionando entre si, entre iguais. As crianças aprendem umhas das outras a ser, a saber, a fazer, a pensar, a falar.
A respeito do conflito lingüístico na escola, a interrelaçom no mesmo espaço de crianças com diferentes actitudes, conhecementos e usos lingüísticos em galego conduce de jeito espontáneo á socializaçom dos diferentes modelos sociolingüísticos, entre os que se acham os que favorecem a transmisiom de prejuíços lingüísticos e os comportamentos diglósicos.
Numha situaçom como a da Semente, com nenas castelam falantes habituais a conviver con nenas galego-falantes habituais, para favorecer a adquisiçom de valores, conhecementos e prácticas lingüísticas favoráveis á normalizaçom lingüística do galego, é importante desenhar estratégias para o uso do galego tamém nas relaçons informais, entre as próprias crianças.
Algumhas actividades dirigidas, programadas polas educadoras, terám como objectivo favorecer que as crianças castelám-falantes comecem a falar galego com as suas companheiras e companheiros. Estas dinámicas som especialmente importantes para os primeiros dias do convívio.
Cumpre ter em conta, ademais, que alem do trabalho na própria escola, é importante a participaçom das nais e os pais, especialmente com aqueles que nom som galego-falantes habituais, para que, no entorno familiar, informal, fornezam ás suas filhas e filhos de actitudes e comportamentos positivos cara á nossa língua.