Já vai lá muito tempo desde a última vez que vos dizemos do que fazemos… e os dias passam-se, um após outro, passeninhamente dando-nos a possibilidade de fazermos cousas, de brincar… e, sobretodo de continuar a medrar.
Podemos-vos contar mais ou menos, muito ou pouco, todo ou nada… mas tende por seguro que o nosso objetivo é sempre passar muito bem… e de verdade, que o conseguimos a cotio.
Mas agora… que contamos??
Contar-vos que neste tempo as amigas e amigos estám crescer e assim parabenizamos a Yara, Ona, o Xes e a Lía que estivérom de aniversário e quigérom partilhar connosco o seu bolo:
Também dizer-vos que a horta está a tope, plantamos leitugas, patacas, cebolas e semeamos algum milho. Também plantamos 2 framboeseiras que nos achegou a família da Eire, umha faba verdina que trouxo a Saínza e uns bulbos de flor que partilhou connosco a família da Ona (obrigadas!!). Lá no fundo estamos assentando umha poça, piscina ou semelhante, que se achega a calor e houvo, há e haverá necessidade de refrescar-se.
Mas também dizer-vos que nesta última temporada as visitas se multiplicam… tanto as que nós fazemos como as que nos fam nas Salvadas, e vaiamos por partes…
Torreira vinhérom de visita a Xoana e a Nerea, aguardamos que passassemmuito bem e ficassem com vontade de voltar. Nós estivemos encantadas de recebê-las!!
Mas a sua visita nom foi mais que um adianto, pois após uns dias quem se achegou foi o grupo da Rosa de autocarro para devolver-nos a visita que nós lhes figéramos uns dias antes… Foi um prazer, obrigadas por virdes!!
Mas desta volta também tivemos a visita de muitas das nossas famílias. Como a família de Siro, que chegou carregadinha de sementes, novas plantas de amorodo… para o quintal. Aguardamos ter umha mui boa colheita pois estamos a cuidar delas com muito agarimo.
E depois quem veu pola escolinha foi a Mia, a cadelinha do Xío, mostrar-nos como há que cuidá-la, como dar-lhe alouminhos… De verdade que levou muitos e toda a comidinha que puidemos dar-lhe…
E da terra ao mar, e assim foi como a família de Iria veu desde Esteiro carregadinha de conchas e além disso ensinou-nos os nomes, onde podemos encontrá-las… e outras cousas que ficam para nós.
Obrigadas mais umha vez às famílias por achegarem-se até as Salvadas!!!
Já para acabar dizemos-vos que também recebemos visitas inesperadas como a dum abelhom que entrou na nossa sala e espertou umha cheia de sentimentos: surpresa, medo, ledícia, curiosidade…
Falamos de visitas mas também figemos saídas compartilhadas com as amigas da Torreira.
A primeira foi até o museu de Historia Natural no parque de Vista Alegre, queríamos ver o lobo, a raposa… queríamos tocar mas nom se pode, queríamos ver todo o que ali há… gostamos do cofre forte, da mina… mas também dos animais, agás o cuco que se agachou para nós… passamos muito bem com as amigas da outra Semente…
E nestas chegou metade de maio e fomos de EXCURSOM, siiii… de excursom, de AUTOCARRO… e se a nós nom nos cabia a alegria no peto e também nom os nervos, às famílias – parecia que nosíamos para as Américas como há tempo fazíam muitas e muitos galegos por aquilo de ganhar a vida – tiravam e tiravam fotos enquanto subíamos ao autocarro… e depois a dizerem adeus… Mas em algo mais de 4 horinhas já estávamos de volta e elas aguardando ansiosas por nós, que vínhamos com um bocadinho de atraso.
A Rianxo, que foi ali onde fomos de excursom, fomos fazer muitas cousas mas também ver lobos… ou isso queria algumha criança; gozamos na aula ativa do mar com o que ali vimos e contárom mas também de lançar-nos na tirolesa do parque ou gavear polas estruturas que havia… tanto que se nos fijo pouco o tempo e chegada a hora nom tínhamos vontade nengumha de vir de volta… Pagou muito a pena!!
Que mais contar-vos…?? dizer-vos das nossas experiências cozinheiras, conhecemos o ofício das padeiras e também o processo do pam de milho (debulhar, peneirar, amassar… e papar) que como di a cançom “Se pam de milho vás merendar, olha o trabalho que há por trás… há que debulhar… há que peneirar… … e a papar”, também figemos batidos e sumos e a mala cozinheira continuou a viajar de casa em casa e trazendo “delicatessen” para a semente: bolachas, bolos…
E já para acabar porque algumha vez há que acabar, nom porque nom tenhamos mais cousas que contar, dizer-vos também que saímos à rua no dia 8 de Março com o pensamento nas nossas MULHERES; e depois no 25 de abril escuitamos “Grândola, Vila Morena” e dixemos aquilo de “25 de abril, sempre” e ainda deu para falar de como arranjar os conflitos quando os há, e assim passinho a passinho chegou o mês de Maio e figemos um Maio com fiuncho e flores que fomos apanhar ao pé do Sarela… e mais e mais cousas mas pensamos que por esta vez já está…